segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos “personal dance”, incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida? Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão “apenas” dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. (…) Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, “pague mico”, saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: “vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida”.
Antes idiota que infeliz!
Arnaldo Jabor

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

TPM em quatro fases.



Segundo a visão masculina, dividiu-se a TPM em 4 fases principais: 

Fase 1: A Fase Meiguinha
Tudo começa quando a mulher começa a ficar dengosa, grudentinha, bom sinal? Talvez, se não fosse mais do que o normal. Ela te abraça do nada, fala com aquela vozinha de criança e com todas as palavras no diminutivo. A fase começa chegar ao fim quando ela diz que está com uma vontade absurda de comer chocolate. O que se segue é uma mudança sutil desse comportamento, aparentemente inofensivo, para um temperamento um pouco mais depressivo.

Fase 2: A Fase Sensível
Ela passa a se emocionar com qualquer coisa, desde uma pequena rachadura em forma de gatinho no azulejo em frente à privada, até uma reprise de um documentário sobre a vida e a morte trágica de Lady Di. Esse estágio atinge um nível crítico com uma pergunta que assombra todos os homens, desde os inexperientes até os mais escolados como o meu pai:
- Você acha que eu estou gorda?
Notem que não é uma simples pergunta retórica. Reparem na entonação, na escolha das palavras. O uso simples do verbo "estou" ao invés da combinação "estou ficando", torna o efeito da pergunta muito mais explosiva do que possamos imaginar. E essa pergunta, meus amigos, é só o começo da pior fase da TPM. Essa pergunta é a linha divisória entre essa fase sensível da mulher para uma fase mais irascível.

Fase 3: A Fase Explosiva Meus amigos, essa é a fase mais perigosa da TPM. Há relatos de mulheres que cometeram verdadeiros genocídios nessa fase. Desconfio até que várias limpezas étnicas tenham sido comandadas por mulheres na TPM. Exagero à parte, realmente essa é a pior fase do ciclo tepeêmico. Você chega a casa dela, ela está de pijama, pantufas e descabelada. A cara não é das melhores quando ela te dá um beijo bem rápido, seco e sem língua.
Depois de alguns minutos de silêncio total da parte dela, você percebe que ela está assistindo aquele canal japonês que nem ela nem você sabem o nome. Parece ser uma novela ambientada na era feudal. Detalhe: Sem legendas. Então, meio sem graça, sem saber se fez alguma coisa errada, você faz aquela famosa pergunta: -- Tá tudo bem?
A resposta é um simples e seca: "Ta" sem olhar na sua cara. Não satisfeito você emenda um "Tem certeza?", que é respondido mais friamente com um rosnado baixo e cavernoso "Teenhoo". Aí, como somos legais e percebemos que ela não tá muito a fim de papo, deixamos quieto e passamos a tentar acompanhar o que Tanaka está tramando para tentar tirar Kazuke de Joshiro, o galã da novela que..
- Merda, viu!? - ela rosna de repente.
- Que foi?
A Fase Explosiva acaba de atingir o seu ápice com essa pergunta. Sem querer, acabamos de puxar o gatilho. O que se segue são esporros do tipo:
- Você não liga pra mim! Tá vendo que eu tô aqui quase chorando e você nem pergunta o que eu tenho! Mas claro! Você só sabe falar de você mesmo! Ah, o seu dia foi uma merda? O meu também! E nem por isso eu fico aqui me lamuriando com você! E pára de me olhar com essa cara! Essa que você faz, e você sabe que me irrita!
Você não sabe! Aquele vestido que você me deu ficou apertado! Aaaai, eu fico looooouca quando essas coisas me acontecem! Você também, não quis ir comigo no shopping trocar essa merda!
O pior de tudo é que hoje, quando estava indo para o trabalho, um motoqueiro mexeu comigo e você não fez nada! Pra que serve esse seu Jiu Jitsu? Ah, você não estava comigo? Por que não estava comigo na hora? Tava com alguma vagabunda? Aquela sua colega de trabalho, só pode ser ela. E nem pra me trazer um chocolate!
Cala sua boca!
Sua voz me irrita!
Aliás, vai embora antes que eu faça alguma besteira.
Some da minha frente!
Desnorteado, você pede o pinico e sai. Tenta dar um beijinho de boa noite e quase leva uma mordida.

Fase 4: A Fase da Cólica
No dia seguinte o telefone toca. É ela, com uma voz chorosa, dizendo que está com uma cólica absurda, de não conseguir nem andar. Você vai à casa dela e ela te recebe dócil, superamável. Faz uma cara de coitada, como se nada tivesse acontecido na noite anterior, e te pede pra ir à farmácia comprar um Atroveran, Ponstan ou Buscopan pra acabar com a dor dela. Você sai pra comprar o remédio meio aliviado, meio desconfiado "O que aconteceu?", você se pergunta. "Tudo bem". Você pensa: "Acho que ela se livrou do encosto". Pronto!
A paz reina novamente. A cólica dobra (literalmente) a fera e vocês voltam a ser um casal feliz.
Pelo menos até daqui a 20 dias…

terça-feira, 1 de novembro de 2011


Um homem inteligente falando das mulheres



Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo' no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Flores também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade. Respeite a natureza. Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia. Não faça sombra sobre ela. Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda. Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo. É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay. Só tem mulher quem pode!


Luís Fernando Veríssimo.




                                   

Que novembro seja lindo e abençoado ! :)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011


Acho tão bonito casais que duram. Não importa o tempo, o que vale é a intensidade. Querer estar junto vale muito mais do que estar junto há 20 e tantos anos só por comodidade. Sei que estou falando obviedades, mas hoje vi um casal de velhinhos na rua. Acho que o amor, quando é amor, tem lá suas dores bonitas. A gente vê uma cena e o coração fica emocionado. Nos dias de hoje, com tanta tecnologia, com tanta correria, com tanta falta de tempo, com tanto olho no próprio umbigo e nos próprios problemas, com tanta disputa pelo poder, pelo dinheiro, por ter mais e mais, sei lá, acho bonito ver um casal de velhinhos na rua. A mão, enrugadinha, segura a outra mão. A outra mão, por sua vez, segura uma bengala. Falta equilíbrio, sobra experiência. Falta a juventudade, sobra história para contar. Falta uma pele lisa, sobram marcas de expressão que contam segredos. Envelhecer não é feio. Em tempos de botox, a gente devia olhar um pouco para dentro. De si. Do outro. Do amor
Se tudo fosse perfeito, se as coisas fossem perfeitas, não existiria lições de vida, não haveria arrependimentos e nem descobertas. Se tudo fosse perfeito, mãos não se uniriam e sonhos não seriam valorizados. Se tudo fosse perfeito, olhares não se completariam e gestos passariam despercebidos. Se tudo fosse perfeito, as lágrimas não existiriam, as palavras seriam perfeitas. Se tudo fosse perfeito, eu pularia no abismo sem medo da morte, pois asas eu ganharia. Se tudo fosse perfeito, eu atravessaria o oceano sem medo de ser levado pelas ondas, sem receios de me perder em suas profundezas. Se tudo fosse perfeito, dores não existiriam e a cura não seria procurada. Nada é por acaso, pois nem o destino é perfeito !

Nós mulheres somos assim: loucas por sinais. Não falo em sinais de trânsito, nem em símbolos matemáticos. Na verdade, somos peritas em achar que sabemos decifrar o universo masculino. É. Descobrir o que existe por trás do que os homens dizem. De cada frase. Cada email. Cada telefonema. Cada recado no facebook. Para nós, o que os homens falam não significa apenas palavras ditas. Não. Procuramos o que fica no ar. O que mora nas entrelinhas. Afinal, somos mulheres, certo? E ganhamos a condição de sermos intuitivas, mesmo quando pegamos a pobre da intuição e a transformamos em refém. É, reféns. Para escondermos nosso pior lado. Aquela faceta que cada uma de nós esconde sutilmente na bolsa. Sinto dizer, mas existem horas em que estamos erradas. Equivocadas. Não é nossa intuição falando. É a insegurança. São traumas de outros relacionamentos. Carência. Ciúme. E outras particularidades do nosso lado negro – ou não tão claro - que insistimos em esconder. Quer um exemplo? Seu namorado te liga sexta-feira à noite com uma voz não muito animada. Não interessa se ele trabalhou demais, se está preocupado, se viajou a madrugada inteira. Dependendo do nosso humor e da época do mês, a gente logo pensa: aí tem! E começamos a procurar sinais que - às vezes – nem existem. Pode ser que estejamos certas, homens safados existem desde que o mundo é mundo. Mas a questão é: Onde está o limite entre a nossa intuição e a paranóia? Pensem bem. Se for intuição, ponto pra nós! Somos boas nisso, de verdade. Mas se for apenas imaginação ou devaneios da nossa mente fértil, vai chegar uma hora em que, de fofa e bem-resolvida, nos transformaremos em uma chata de galocha. É. Uma Chata. E não vai ser um piscar de olhos charmosos, nem a sua inteligência e bom humor que vão fazer o cara (é, o seu amor) parar de ter preguiça de você. Mentira minha? É, gente, não há nada mais broxante que ciúme excessivo. Um pouquinho ainda vai, é saudável e pode ser até charmoso. Mas quando a pessoa vira uma maníaca obsessiva, meu bem, não há amor que resista. Eu escrevi uma vez e isso serve para mim também, que a gente não pode confiar em ninguém se não confia em si mesmo. Se eu decorei? Bom, estou tentando (...) Carente que sou, me lembro todo dia, antes de começar a “imaginar coisas”. Nós nunca vamos ter controle sobre a vida do outro. Nós nunca vamos impedir que nosso namorado, marido ou ficante façam o que bem entendam, mesmo sob nossa vigilância cerrada. E verdade seja dita: pode ser que aí tenha coisa, sim. Mas se tiver, não é mais problema seu. Nem meu. Concordam? Já disse uma vez que nossas escolhas nos fazem. E a consequência dos nossos atos é o que nos define. Para o bem. Ou para o mal. Taí o Schwarzenegger, o Tiger Woods e o ex-marido da Sandra Bullock – aquele vacilão – que não me deixam mentir. (Fernanda Mello)